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Articulista Natália F. Jonas

Dica Saudável | Equinácea


Hoje na Dica Saudável falaremos sobre uma planta medicinal muito conhecida por suas propriedades antimicrobiana: a Equinácea.


A equinácea apresenta um longo histórico de utilidades e aplicações ao longo dos séculos, sendo considerada, já pelos povos nativos americanos, como “anti-infeciosa”, pois era indicada para patologias de origem viral e bacteriana, desde septicemias medianas, furunculoses, abcessos, carbunculoses e úlceras (Barret, 2003; Hudson, 2010) . Os indígenas norte americanos a chamam de “raiz de alce”, conhecendo suas propriedades através da observação de alces ingerindo essa planta quando estavam feridos ou doentes. Aprendendo com os animais, sua medicina tem relatos de séculos utilizando essa planta medicinal no tratamento de feridas externas, queimaduras e picadas de insetos e, internamente, seu chá é usado para tratar dores em geral, problemas respiratórios, tosse, dores de estômago e picada de cobra.


Uma planta importante de tomarmos conhecimento para incluirmos no nosso kit farmácia natural, muito indicada no alívio de diversos patogenos, atuando na manutenção da saúde de nosso organismo. Ela é uma planta medicinal especial, que não poderíamos dizer que serve para tudo, mas serve para muita coisa!



Vamos conhecer um pouco mais sobre a Equinácea?


Nome Científico: Echinacea purpurea

Sinonímia: Brauneria purpurea, Echinacea intermedia, Echinacea serotina, Rudbeckia hispida, Rudbeckia purpurea, Rudbeckia serotina, Rudbeckia speciosa

Nomes Populares: Equinácea, Purpúrea, Flor-de-cone, Púrpura, Rudbéquia

Família: Asteraceae

Categoria: Flores, Flores Perenes, Medicinal, Plantas Hortícolas

Clima: Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Temperado, Tropical

Origem: América do Norte, Estados Unidos

Altura: 0.6 a 0.9 metros, 0.9 a 1.2 metros, 1.2 a 1.8 metros

Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene


Usos da Equinácea


Melhora o sistema imunológico em que o paciente sofre cansaço crônico e é suscetível a infecções secundárias. Resfriados, tosses e gripes e outras doenças respiratórias superiores, gânglios linfáticos aumentados, dor de garganta, infecções do trato urinário. Furúnculos, acne, úlceras duodenais, gripe, herpes, cândida e infecções persistentes. Como um bochecho para amigdalite dor de garganta, úlceras na boca e infecções na gengiva. Externamente: Feridas de regeneração da pele e infecções da pele, eczema, psoríase e condições inflamatórias da pele.



Propriedades da Equinácea


· Imunoestimulante

· Anti-inflamatório

· Anti viral

· Anti fungico

· Antioxidante

· Anestésica

· Apoptotica



História da Equinácea


A Equinacea é uma planta nativa americana e um dos fitoterápicos mais conhecidos e utilizados na Europa e Estados Unidos na prevenção de gripes e resfriados. Suas flores são intensamente púrpuras e crescem ao redor de um cone alto e possuem um leve aroma. A raiz é afilada, em forma de cilindro e levemente espiralada. Tornou-se conhecida pelos botânicos europeus em 1690. É a planta imunoestimulante mais pesquisada no mundo, especialmente na Europa. Altamente valorizada pelos defensores da saúde natural, por suas propriedades estimulantes do sistema imunológico, favorece também o sistema respiratório.


A primeira ilustração da planta Equinacea foi encontrada no terceiro volume dos manuscritos do professor R. Morison (primeiro professor de Botânica de Oxford), datado de 1699. O professor chamou essa espécie primeiramente de Dracunculus Virginainus Latifolius, posteriormente, no século XVIII foi nomeada de Rudbeckia Purpúrea até receber o nome Equinacea Purpúrea.


Esta planta foi utilizada, primeiramente, pelos índios norte-americanos para curar feridas, picadas de insetos, dor de dente e febre (apresenta propriedades antiinflamatória, antibacteriana, antiviral e vulnerária), pois nascia abundantemente nas montanhas ao norte dos Estados Unidos. Os colonizadores brancos adaptaram posteriormente a planta para seu uso.


Somente em 1870, o produto vindo do meio oeste dos Estados Unidos foi patenteado, sendo assim, a Rudbeckia Roxa foi preparada para uso médico. Esta planta recebeu o nome de Equinacea Purpúrea e mostra-se muito eficaz no tratamento de herpes labial, reumatismo e erisipela.

No início do século foi trazida para a Europa, tendo na década de trinta a grande descoberta da empresa alemã Madaus, que iniciou pesquisas que são realizadas até hoje, principalmente pelo Dr. H. Wagner em Munique. A Alemanha comercializa em grande escala medicamentos com o princípio ativo da Equinacea Purpúrea.


Da Equinacea Purpúrea utiliza-se como droga vegetal as partes aéreas (flores, folhas e sementes) como também sua raiz.



Caracterização botânica


O género Echinacea pertence à família das Asteracae ou Compositae, um grupo de plantas pratenses, silvestres e perenes, nativas da América do Norte, cujas principais características são as raízes aprumadas, cilíndricas, estriadas longitudinalmente, que desprendem odor aromático e sabor adocicado provocando um discreto adormecimento na língua (Gruenwald et al., 2000).


As plantas apresentam uma altura aproximada de 100 cm, folhas ásperas, lanceoladas, de cor verde intenso e escapo com inflorescência solitária em capítulo, com sensivelmente 20 flores liguladas na periferia e tubulosas ao centro, formado um disco cónico, que aparenta um “ouriço-do-mar”, em grego “echinos”, do qual deriva o nome botânico Echinacea (Gruenwald et al., 2000).


Florescem desde meados do verão até ao princípio do outono. As flores são de diversas cores, variando de rosa a um púrpura denso, no caso específico de Echinacea purpurea (L.) Moench. (EP) e os frutos são aquénios tetragonais. Do aspeto e cor da inflorescência deste género deriva o termo popular, pelo qual é conhecido, “Coneflower”, sendo a EP referenciada como somente “Purple Coneflower” ou “Eastern Purple Coneflower” (Gruenwald et al., 2000; Barnes et al., 2005).


Das onze espécies de Echinacea, apenas três são utilizadas com fins terapêuticos, nomeadamente, Echinacea angustifolia (DC.) Hell, Echinacea pallida (Nutt.) Nutt. e Echinacea purpurea (L.) Moench.(Barnes et al., 2005).

Fitoterapia


Nos últimos anos, o interesse na avaliação das propriedades farmacológicas dos produtos fitoterápicos tem vindo a aumentar, incluindo os produtos à base de equinácea. Os efeitos imunomoduladores desta planta, comprovados, tanto in vitro, como in vivo, têm sido o principal foco de investigação, embora também apresente outras ações documentadas, resultantes deste efeito principal, tais como antifúngica, antibacteriana, antiviral, antioxidante, anti-inflamatória e até anticancerígena (Hudson, 2012).



Farmacologia


Seu amplo leque de atividades em função da imunidade já foi confirmado em numerosos estudos científicos. A Equinacea atua como imunoestimulante por vários mecanismos: estímulo da fagocitose, estímulo da liberação de citocinas e inibição da atividade da hialuronidase. Estudos têm demonstrado que um princípio da Equinacea, o heteroxilano ativa a fagocitose, e outro o arabinogalactano causa proliferação de linfócitos T e promove a liberação de fator de necrose tumoral (TNF), interleucina 1 e interferon-ß2 de macrófagos, aumentando o nível geral de resistência do organismo à infecção.

Em sua composição bioquímica encontramos:

– Óleos essenciais, derivados do ácido caféico (propriedades fagocitárias), – Alquilamidas (propriedades antiinflamatórias), – Polissacarídeos (inibidores da hialuronidase), – Glicoproteínas (estimuladores de células B e T)

- ácido chicórico( antioxidante,o que dá a sua grande capacidade captador de radicais livres) .


Acredita-se que as glicoproteínas, alquilamidas e polissacarídeos de compostos químicos nas raízes da E. purpurea sejam os principais responsáveis por suas propriedades imunomoduladoras. Tem sido relatado que a ativação de células do sistema imunológico exibido por E. purpurea surgiu a partir da presença dos componentes bacterianos. Foi reportado que o efeito imunomodulador de E. purpurea envolve alterações bioquímicas nas células do sistema imunológico e bactérias intestinais, mas os mecanismos subjacentes exatos, envolvendo metabólitos da planta e o microbioma ainda não foram esclarescidos.

Provavelmente desenvolve a ação bacteriostática através da inibição da hialuronidase-bacteriana. Esse efeito ajuda a prevenir infecções quando usado em ferimentos. Além desse efeito hialuronidase-inibitório, possui propriedades fungicidas estimulando o crescimento de novo tecido.

A Equinacea estimula a produção de leucócitos, atua como um antibiótico natural, acelera a reabilitação do organismo, possui efeito antiinflamatório; combate viroses.

A mais importante indicação da Equinacea é a de atuar como imunoestimulante, aumentando a defesa do organismo. Atualmente a Equinacea Purpúrea vem sendo amplamente utilizada para a cura de gripes e resfriados, pacientes submetidos à quimioterapia, prevenção de infecções e doenças temporárias, abcessos, bronquite, dor de garganta, reações alérgicas, atenuante na artrite reumatóide e, mais recentemente, para o Herpes Labial.

Também podem ser citadas outras doenças onde sua eficácia já foi comprovada: pneumonias, bronquites (doenças respiratórias em geral).



Echinacea purpurea e a atividade antioxidante


Homens e mulheres estão sujeitos à processos metabólicos e à fatores externos, como radiação solar, excesso de consumo de álcool, tabagismo, poluição, etc. Todos esses fatores são responsáveis por ocasionar a produção de radicais livres.


Radicais livres são átomos ou moléculas responsáveis por desencadear a degradação celular, causando diversos malefícios à saúde humana. Assim, para evitar a produção de radicais livres o organismo humano produz enzimas antioxidantes, as quais neutralizam esses átomos e moléculas. Contudo, sua produção excessiva é responsável por causar o estresse oxidativo, ou seja nosso corpo não consegue produzir enzimas antioxidantes o suficiente para ocorrer a neutralização completa dos radicais livres (BARBOSA et al., 2010).


Dessa forma, Echinacea purpurea é espécie ideal para garantir o complemento antioxidante e proteção contra o estresse oxidativo, sobretudo pela produção exacerbada de radicais livres no processo infeccioso. Estudos sugerem que, a tintura de Echinacea purpurea apresenta um maior poder antioxidante relativo às tinturas de Ginkgo e Ginseng. O ácido chicórico presente na sua composição apresenta uma grande capacidade captadora de radicais livres, embora se considere que todos os compostos atuem em sinergia (BARNES et al., 2005)



Echinacea purpurea e a atividade imunomoduladora


A atividade imunomoduladora é crucial para o combate dos processos infecciosos que acometem o organismo. Naturalmente, nosso sistema imune atua sobre os patógenos, contudo alguns fatores podem influenciar negativamente a sua atividade, dificultando o processo de recuperação do paciente. Diante disso, alternativas naturais podem influenciar positivamente a sua melhora, como ocorre após a administração de Echinacea purpurea. Sua ação no combate à vírus e bactérias é efeito da atividade estimulante de células denominadas como “natural killer” (Nk).


Essas células possuem papel fundamental na defesa do organismo, uma fonte de defesa inespecífica que atua reconhecendo e inutilizando células infectadas por vírus, bactérias e protozoários.


As células Nk atuam eliminando enzimas perforinas e granzimas, as quais penetram a célula infectada e desencadeiam a morte celular através da apoptose. Esse processo inibe a replicação viral e permite ao paciente a redução do processo infeccioso provocado pelas infecções de causa bacteriana (CRUVINEL et al., 2010). Além do efeito antiviral e antibacteriano derivado das células Nk, Echinacea purpurea atua minimizando o processo inflamatório através da inibição da produção de citocinas próinflamatórias liberadas durante o processo infeccioso, como as interleucinas IL-6, IL-8; fator de necrose tumoral alfa (TNFα) e também sobre a liberação excessiva de mucina. Através dessas ações a Echinacea purpurea demonstrou atuar contra os vírus Influenza A e Herpes simples, manifestando menor ação sobre vírus intracelulares, ou seja, a Echinacea purpurea atua sobre as partículas virais que se distribuem pelos fluidos extracelulares.


O uso de Echinacea purpurea nas doses recomendadas foi eficaz no controle da propagação de diferentes estirpes do vírus influenza, incluindo as estirpes sazonais e as estirpes aviárias altamente patogênicas, bem como, a estirpe pandêmica da gripe suína. Além dos efeitos benéficos sobre a estirpe pandêmica da gripe suína (HUDSON, 2010). Echinacea purpurea demonstrou auxiliar no processo de recuperação contra vírus pertencentes ao grupo dos Coronavírus.


Através de estudo in vitro o uso de extrato de Echinacea purpurea sobre células respiratórias infectadas pelo Coronavírus HCoV-229E demonstrou considerável proteção, assim como, demonstrou efeito benéfico sobre vírus mais patogênicos, como o SARS-CoVs e MERS-CoVs (SIGNER et al., 2020).


Além do efeito sobre vírus, Echinacea purpurea também foi responsável pela inativação de bactérias que atingem o trato respiratório, causando infecções pulmonares graves, dor de garganta, otites, bronquites e pneumonias, como o Streptococcus pyogenes, Haemophilus influenzae e Legionella pneumophila, revertendo completamente as suas respostas próinflamatórias celulares (HUDSON, 2010).


Echinacea purpurea é produto ideal na modulação do sistema imunológico, atuando em diferentes vírus e bactérias que atingem o trato respiratório. Seu uso resulta no controle do processo infeccioso e no alívio sintomático, garantindo a melhor qualidade de vida.


O efeito mais consistentemente provado de equinácea é na fagocitose estimulante (o consumo de organismos invasores pelas células brancas do sangue e linfócitos). Extratos de equinácea podem aumentar a fagocitose por 20-40%.


Equinácea também inibe uma enzima (hialuronidase) secretada pela bactéria para facilitar o seu acesso às células saudáveis. A investigação no início dos anos 1950 demonstrou que a equinácea poderia completamente neutralizar o efeito desta enzima, ajudando a evitar a infecção, quando utilizado para o tratamento de feridas.



Equinácea e uso externo


Equinácea também inibe uma enzima (hialuronidase) secretada pela bactéria para facilitar o seu acesso às células saudáveis. A investigação no início dos anos 1950 demonstrou que a equinácea poderia completamente neutralizar o efeito desta enzima, ajudando a evitar a infecção, quando utilizado para o tratamento de feridas.


Embora a equinácea seja normalmente usada internamente para o tratamento de vírus e bactérias, está agora a ser cada vez mais utilizada para o tratamento de feridas externas. Ela também mata levedura e retarda ou impede o crescimento de bactérias e ajuda a estimular o crescimento de tecido novo. Combate a inflamação também, apoiando ainda mais a sua utilização no tratamento de feridas.


Bibliografia:

Material fornecedores: Fragon e Florien.

ttps://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/11776/1/TESE%20__%20Cristiana%20Pires%202014_Echinacea%20purpurea.pdf

Artigos cientificos: Biominerais



Dosagem e Modo de Usar


- Cápsulas: de 150mg a 500mg ao dia;

-Tintura: 20 gotas ao dia.


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COMPOSTO IMUNI

Vitamina C 500mg

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Tomar 1 dose, 2 vezes ao dia.



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Equinacea 200mg

Propolis 200mg

Tomar 1 dose, 2 vezes ao dia.



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Tomar 20 gotas ao dia diluídas em água, 1 vez para crianças e 2 vezes para adultos.

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Consulte sempre o seu profissional da saúde de confiança!





A sua saúde em boas mãos.



Fonte: Articulista Natália F. Jonas (Instagram @nfeksa)

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