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Dica Saudável | Óleo de Prímula


ÓLEO DE PRÍMULA

Nome científico: Oenothera biennis

Nome popular: prímula, onográcea e estrela-da-tarde

Família: Onagraceae.

Parte Utilizada: Semente

Composição Química:

Ácido Palmítico C16:0 5 – 7%

Ácido Esteárico C18:0 1 – 3%

Ácido Oléico C18:1 6 – 10%

Ácido Linoléico C18:2 68 – 76%

Ácido Gama Linolênico C18:3 10% mínimo

Voltamos com mais uma dica de um produto natural, uma planta, em cápsula, que tem comprovado seus inúmeros benefícios para a saúde, amplamente recomendada por nutricionistas e ginecologistas.


Prímula é o nome da planta da espécie Oenothera biennis. Nativa da América do Norte, que atinge em torno de 1 metro de altura e produz flores amarelas. Também conhecida como "evening primrose" porque suas flores se abrem ao entardecer. O óleo de prímula é obtido das sementes dessa planta e muito rico em um tipo de ácido graxo essencial da família do Ômega-6 denominado ácido gama-linoleico, reconhecidamente benéfico para a saúde. Os ácidos graxos são fundamentais para o bom funcionamento do organismo e nosso corpo não pode produzi-los, portanto, necessitamos ingeri-los em nossa dieta.

Esta planta era usada pela América do Norte como alimento e da raiz, folhas, flores e caules os índios curandeiros faziam infusões e extratos emolientes, sedativa (tosse), estimulante da circulação sanguínea, nutriente capilar e para curar feridas. É um saber descobertos pelos povos tradicionais da região, um suprassumo da medicina indígena. O Óleo de Prímula é amarelo pálido claro, com paladar e olfato típico. Da América do Norte a planta foi levada para a Inglaterra em 1619, onde ficou conhecida como "King’s Cure-all". Seu cultivo expandiu-se pela Europa e Ásia, mas não há cultivo no Brasil. É uma planta herbácea anual ou bianual, de caule robusto, folhas largas e longas, flores grandes e amarelas. O fruto é uma cápsula que contém numerosas sementes.


Há muitos benefícios de seu uso, como o controle dos níveis de colesterol, a hidratação da pele e a redução da pressão arterial. A falta de ácidos graxos essenciais pode acarretar, além da síndrome pré-menstrual, distúrbios como dermatite, envelhecimento precoce e hiperatividade infantil. Hoje na Dica Saudável iremos conversar um pouco mais sobre esse óleo vegetal e as formas que seu consumo pode vir a beneficiar nossa saúde e bem estar.



Indicação e Usos


O óleo de prímula é utilizado como suplemento alimentar e fonte de ácidos graxos essenciais. A forma mais comum e efetiva da planta é através de cápsulas que contém o óleo das sementes. A Prímula contém um óleo perfumado que desempenha um papel importante para a saúde natural. Tradicionalmente, tem sido utilizado no tratamento de asma, tosse, distúrbio gastrintestinais e como analgésico sedativo.


O Óleo de Prímula possui excepcionalmente alto índice de ácido linoleico (Ômega 6) e contém o tão importante ácido gama-linolênico (GLA). Oferecendo ao organismo elementos construtivos essenciais, contribuindo no seu bom funcionamento e bem estar, especialmente na velhice, ou no envelhecimento prematuro provocado por certas enfermidades.


O ácido gama-linolênico é um ácido gorduroso poliinsaturado que ajuda a proporcionar energia para o corpo e supre as gorduras estruturais presentes no cérebro, músculos, medula óssea e membranas das células. Além de produzir as prostaglandinas, que agem como um hormônio e são produzidas por quase todos os tecidos do corpo. Uma deficiência na produção desses ácidos graxos pode resultar em uma maior demanda de tempo para a coagulação sanguínea, debilitando o sistema imune, causando inflamação e rompimento de transmissão de impulsos de nervo.


Através de seu princípio ativo, o ácido gama-linolênico, o óleo de prímula é empregado no tratamento de toda e qualquer condição para as quais as prostaglandinas (PGE1) seriam benéficas. Entre essas estão a tensão pré menstrual, doenças benignas no seio, regulação do nível de colesterol sanguíneo, agregação plaquetária, regulação da pressão sanguínea, obesidade, doença atópica, esclerose múltipla, artrite, reumatismo, alcoolismo, desordens mentais e hiperatividade infantil.


Também conhecido como ácido linoleico, o ômega 6 é um ácido graxo poli-insaturado, um tipo de gordura "boa". O ômega 6 serve principalmente para reduzir o colesterol ruim (LDL) e os triglicerídeos, ajudando a prevenir doenças cardiovasculares, infarto e derrames. Os benefícios do ômega 6 estão relacionados principalmente com o seu efeito sobre os vasos sanguíneos, por prevenir a formação de coágulos que podem se desprender da parede da artéria e obstruir o fluxo sanguíneo (trombose), causando infarto do miocárdio (ataque cardíaco) e acidente vascular cerebral ("derrame"). Também evita o depósito de gordura (colesterol) nas paredes das artérias, uma condição chamada aterosclerose, considerada uma das principais causas de infarto do miocárdio. Além disso, o ômega 6 atua positivamente no sistema imunológico, na regulação da temperatura corporal e na perda de água pelo corpo.


Saiba mais aqui.



Benefícios


Atribui-se ao óleo de prímula diversos benefícios à saúde, com aplicações para: artrite reumatóide, dor no peito, eczema, diabetes, síndrome da fatiga crônica, déficit de atenção, alívio dos sintomas da tensão pré-menstrual e da menopausa. Um pequeno estudo indicou que suplementação com óleo de prímula reduziu a quantidade de LDL, o colesterol ruim. Iremos ver um pouco mais de alguns benefícios que o consumo desse óleo pode trazer a nossa saúde!

>> Óleo de prímula x pele


De acordo com um estudo publicado pelo International Journal of Cosmetic Science, a suplementação oral de óleo de prímula ajuda a melhorar a elasticidade, hidratação e firmeza da pele. De acordo com o estudo, o GLA do óleo de prímula é o componente que permite que a pele se reestruture e mantenha suas funções. E como a pele não consegue produzir o GLA por conta própria, os pesquisadores do estudo acreditam que ingerir o óleo de prímula (rico em GLA) ajuda a manter a pele saudável, de maneira geral.


O óleo de prímula atua normalizando e rejuvenescendo peles sensíveis e delicadas. É indicado para tratamento de eczemas, psoríase, escleroses, hiperqueratoses e envelhecimento da pele. Estudos mostram também que seu consumo aumenta a tolerância da pele à exposição aos raios ultravioleta.



>> Óleo de prímula x dermatite


A incidência da dermatite atópica vem crescendo entre crianças e adultos. Entre os seus principais sintomas esta a coceira. O óleo de prímula, fonte de GLA, tem papel na produção de substancias mediadoras da resposta inflamatória, diminuindo os sintomas da dermatite e mantendo a integridade da pele.


O óleo de prímula também tem sido utilizado topicamente na forma de creme, para tratamento da pele seca ou inflamada.



>> Óleo de prímula x Tensão Pré Menstrual (TPM)


As mulheres têm várias fases na vida, e nesse momento vamos falar sobre dois importantes (e que podem gerar incomodos) períodos fisiológicos: a Menopausa e a Tensão Pré-Menstrual (TPM). Nessa Dica Saudável você irá conhecer um ótimo aliado para amenizar desconfortos que podemos sentir nessas fases.


Aquela menina que cresceu começou a menstruar e, além do líquido que sai do seu corpo mensalmente, vem algo profundamente irritante a elas, a TPM. Essa fase é caracterizada por um conjunto de sintomas que dura alguns dias antes da eclosão da menstruação ou, em alguns casos, a TPM ocorre até mesmo durante a menstruação.


Os inúmeros sintomas que uma mulher pode ter tanto na fase pré menstrual se apresentam de várias formas e podem ser particulares para cada mulher, afinal somos únicas. Mas em geral podemos citar mudanças bruscas de humor (passando por: carência absurda, mal humor mortal, depressão profunda, instinto assassino, irritabilidade sem noção), insônia ou sono demais, manifestações congestivas como seios duros e doloridos, constipação intestinal, retenção de líquidos, aumento de peso, barriga inchada, tudo inchado, dores de cabeça, náuseas, aumento da secreção vaginal, acne, além de em alguns casos: cistite, candidíase, herpes, dores lombares, e mais vários outros que diferentes mulheres apresentam. ⠀


O que gera fisiologicamente esses sintomas?


O conjunto de sintomas chamado Tensão Pré Menstrual é apenas resultado de uma hipersensibilidade aos hormônios sexuais, que tanto na fase que antecede a menstruação quanto na fase ovulatória encontram-se muito elevados. Ocorre então uma hiperestrogenemia, e uma hipótese muito aceita entre os cientistas é a deficiência de progesterona na segunda fase do ciclo. Por isso algumas mulheres sentiriam esses sintomas mais do que outras. ⠀ Essa fase é apenas mais uma de nossas fases naturais e recebe certos preconceitos por parte da sociedade que passou a tratá-la como sinônima de desequilíbrio e fragilidade das mulheres, chegando a ser usada de forma pejorativa para se referir às mulheres como histéricas e diminuírem a relevância de suas falas ( “ah , ela deve estar de TPM” quem nunca ouviu essa frase,não é mesmo mulheres?)


Compreender e acolher com sensibilidade a importância de cada fase do nosso ciclo menstrual é sábio, belo e emponderador. É reconhecer a beleza mesmo em momentos de desconfortos, pois é nosso corpo conversando com a gente e mostrando sinais para que possamos aprender e evoluir.

Mas isso não significa que tenhamos que sofrer mensalmente por isso. ⠀Vamos ouvir o que nosso corpo tem a nos dizer, mas vamos também CUIDAR disso, cuidar de nós. Muitas vezes só precisamos parar um pouquinho na correria da vida, e olhando para a questão de forma amorosa começamos a saná-la.⠀


Relaxar, meditar, respirar, conversar consigo, tomar um chá calmamente, caminhar na natureza, escrever, ficar em silêncio, chorar. Recomendo (sempre) uma mudança na alimentação, especialmente reduzindo o sal, minimizando dessa forma a retenção líquida que é a causa de boa parte dos sintomas. E para ajudar ainda mais nessa fase, recomendamos o consumo do óleo de Primula. O óleo de prímula é rico em ácido linolênico, um precursor de prostaglandinas da série 1, substâncias de efeito antiinflamatório e também necessárias na formação de substâncias que regulam os hormônios femininos. Desta maneira, atenua os sintomas de TPM, incluindo alterações de humor,inchaço e dor nas mamas, controle de cólicas e irritação no cólon.



>> Óleo de prímula x Menopausa


A menopausa acontece justamente após a última menstruação espontânea da mulher. É o encerramento dos ciclos menstruais e ovulatórios.O fim de um ciclo é sempre o início de outro e ao encerrar sua fase reprodutiva a mulher adentra a fase de sabedoria e segurança de si, onde é cada vez mais dona de seu caminhar. Algumas mulheres sofrem com essa passagem e seu corpo sente pela queda brusca de hormônios.


Na menopausa há transformações no corpo da mulher que maximizam a probabilidade de doenças.


Nessa fase da vida, pode ocorrer uma secura da vagina e a mulher vir a sofrer com ondas de calor e suores noturno. Também de noite ocorre outro problema oriundo da menopausa que é o aumento na incidência de Insônia.Evidências científicas dão conta de que o consumo desse óleo por mulheres na Menopausa diminuí a incidência do calor intenso e as mudanças de humor. O óleo de prímula é um importante aliado na regulação hormonal e auxilia na produção de estrogênio.


* Não há contraindicação ao consumo do óleo de prímula, portanto se aquela TPM bater forte ou os sintomas da Menopausa forem desagradáveis demais, está na hora de pensar seriamente no óleo de prímula. Se você está experimentando sintomas fortes e persistentes relacionados à TPM ou à menopausa, procure um ginecologista para monitorar a situação.



>> Óleo de Prímula x Pressão Arterial


De acordo com um estudo publicado pela PubMed Central, o óleo de prímula pode reduzir a pressão arterial sistólica em 4%. Os pesquisadores do estudo consideram essa redução clinicamente significativa.


Entretanto, uma revisão concluiu que não há evidências suficientes para determinar se o óleo de prímula ajuda a reduzir o risco de pressão alta durante a gravidez ou pré-eclâmpsia (uma condição grave que tem como um dos sintomas a pressão alta durante e após a gravidez).



>> Óleo de prímula x hiperatividade infantil


o aumento da ingestão de ácidos graxos essenciais pode trazer benefícios comportamentais nas crianças hiperativas. Os estudos clínicos realizados com o óleo apresentam resultados positivos após 90 dias de uso. Para obter esse tipo de benefício é indicado tomar de 1 a 2,5g de GLA ao dia para mediar os efeitos imunológicos.



>> Óleo de Prímula x Dores dos ossos


As dores ósseas normalmente são causadas por artrite reumatoide, um distúrbio inflamatório crônico. De acordo com uma revisão publicada pela The Cochrane Library, o GLA presente no óleo de prímula tem potencial de reduzir a dor da artrite reumatoide sem causar efeitos colaterais indesejados.



Contraindicações


A prímula é contra-indicada a pessoas sensíveis ao produto e para pacientes epilépticos tratados com fenotiazínicos devem evitar o consumo de óleo de prímula (Oenothera biennis), que pode provocar um quadro de epilepsia do lóbulo temporal



Importância e conduta


A interação entre fenotiazinas e o óleo de prímula não está bem estabelecida, nem a sua incidência é conhecida, mas claramente alguma precaução deve ser tomada durante o uso simultâneo, pois podem ocorrer convulsões em algumas pessoas. Parece não haver nenhuma maneira de identificar os pacientes em risco. A extensão em que isso pode afetar o que acontece na doença também é incerto. Nenhuma interação entre fármacos antiepiléticos e óleo de prímula foi estabelecida, e os relatos citados parecem ser a única base para a sugestão de que o óleo de prímula deva ser evitado por pacientes epilépticos. Nenhum tipo de convulsão foi relatada por pacientes que tomaram o óleo de prímula na ausência de fenotiazinas. Um artigo de revisão analisando esses dois relatos vai mais longe, sugerindo que convulsões ou epilepsia devem ser removidas dos efeitos adversos da bula do óleo de prímula, pois as evidências para as convulsões apontam claramente para a utilização com fenotiazinas. Além disso, os fabricantes de uma preparação de óleo de prímula, afirmam que esse medicamento é conhecido por auxiliar no controle de epilepsia em pacientes previamente não tratados com medicamentos antiepiléticos convencionais, e outros pacientes relataram não ter tido problemas com o uso concomitante.


Bibliografia:

  • Material fornecedor: Florien.

  • Ecycle.

  • Artigos científicos Google

  • Ginecolgoia natural



A sua saúde em boas mãos.

Fonte: Articulista Natália F. Jonas (@nfeksa)

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